Por quanto sofrimento passa a humanidade nos dias atuais!
Conhecer e meditar sobre as sete dores de Maria, pode nos fortalecer. Assim nos diz a Nossa querida Mãezinha, Rainha dos Mártires:
“Ó almas que sofreis, vinde para perto do meu Coração e aprendei comigo. É junto do meu Coração transpassado que achareis consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força para atravessar todas as dificuldades. Que minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos para praticar o bem.” A Devoção das Dores a Maria – D.Fr Alexandre da Sagrada Familia – Bispo de Málaga
1ª. Dor – A Apresentação de Jesus no templo
Nesta primeira dor meditamos como o Coração de Maria foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que Jesus seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros.
“Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.” (Lc 2,34-35)
Ao ouvir essa profecia Maria continuou firme na fé, confiando no Senhor: “Em vós confio”.
Assim, em nossos sofrimentos, angústias e dores, confiemos em Deus e na intercessão de Maria.
2ª. Dor – A fuga para o Egito
Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-Lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse:
“Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise“. Obediente, “José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.” (Mt 2, 13-14).
José e Maria, fugiram ainda no meio da noite, sabendo que não podiam esperar o dia clarear, pois talvez o Menino Jesus seria morto por Herodes.
Acima de tudo, Maria sabe que Deus tudo pode e que nos ama, nos protege e que nos proverá em nossas necessidades, contando que confiemos Nele, mesmo na obscuridade.
Súplica a Nossa Senhora do Desterro
“(…) Rogai ao Vosso Divino Jesus,
por nossas famílias,
para que Ele desterre de nossas vidas todos estes males, nos dê o perdão de nossos pecados e
que nos enriqueça de Sua divina
graça e misericórdia.
Cobri-nos com o Vosso manto maternal
e desterrai de todos nós a peste
e os desassossegos.
Possamos por vosso intermédio obter
a cura de todas as doenças,
encontrar as portas do Céu abertas
e sermos felizes por toda a eternidade. Amém”.
3ª Dor – A Perda do Menino Jesus
A dor de Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais intensas, porque ela então sofria longe do Filho, e a humildade fazia-lhe crer que Ele tinha se separado dela por causa de alguma negligência sua.
“Filho, porque procedestes assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos aflitos”. ( Lc 2,48)
Maria, interceda junto a Jesus por todas as mães que sofrem a dor de ter seus filhos afastados ou perdidos nos vícios e perigos do mundo.
4ª. Dor – O Doloroso encontro com Jesus carregando a Cruz
Um dos momentos mais pungentes da Paixão são os dias que antecedem a Páscoa.
Meditamos o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário, a troca de olhar com o Filho e a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo: a coroa de espinhos, o peso da cruz, os ferimentos, os deboches, os maus tratos,… tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe.
Assim, unidos a dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas.
Maria, interceda por todas as mães que sofrem com seus filhos que carregam tantas cruzes e tantas dores no mundo de hoje. Maria, rogai por nós que recorremos a Vós.
5ª. Dor – Aos pés da Santa Cruz
Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz, e assistiu de pé à sua morte:
“junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena” (Jo 19, 25).
Logo depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre. Maria, sem duvidar um só instante, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.
Nesse sentido, quantas situações de cruzes e de morte em nossa sociedade!
Inseguranças, injustiças, maldades, maledicências. Quantas dores nos fazem sofrer?
Assim, unidos à Maria, estejamos em pé diante da Cruz.
Oração a Nossa Senhora da Agonia
“Ó Maria, Rainha dos Mártires,
Senhora da Agonia,
Vós que permanecestes de pé
junto `a Cruz de Vosso Divino Filho Jesus,
e `as suas palavras:
‘Mulher, eis o Teu Filho’
e ‘Filho, eis a Tua Mãe’
acolhei com bondade a nossa prece filial.
Ó Senhora da Agonia,
assim como o discípulo
Vos acolheu em sua casa,
também nós queremos
abrir-vos as portas dos nossos corações, dos nossos lares,
consagrando-vos toda a nossa vida:
passada, presente e futura.
Exercei, pois, vossa função de Mãe,
ensinando-nos a viver,
em todos os momentos,
a vontade de Deus,
levando-nos, assim,
a imitar o vosso SIM de Nazaré,
que culminou com o SIM do Calvário.
Vinde, ó Mãe,
em socorro de nossas angústias,
não permitindo que nos desviemos
do caminho do bem,
da verdade, do amor!
Conduzi nossas vidas
ao porto seguro da salvação,
que é Jesus!
Ousando somar nossas agonias `as Vossas,
diante desta dificuldade…(dizer o pedido),
recorremos à Vossa maternal proteção,
com a confiança
de que não ficaremos
decepcionados em nossas súplicas. Amém.
Nossa Senhora da Agonia, rogai por nós.”
6ª. Dor – Maria recebe o corpo de Jesus tirado da Cruz
Depois da morte do Senhor, dois dos seus discípulos, José e Nicodemos, O descem da cruz e O colocam nos braços da aflita Mãe, que com ternura O recebe e O aperta contra o peito.
Ó Deus, quisestes que a dolorosa Mãe do Salvador participasse na obra da salvação ( Lucas 2,33-35), e quando o vosso Filho foi exaltado, Ela esteve junto à cruz, sofrendo com Ele, Dai à vossa Igreja, unida às dores de Maria e na paixão de Cristo, participar da Ressurreição do Senhor, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.
7ª. Dor – Jesus é sepultado
Meditando esta dor, é possível refletir como Maria quis acompanhar os discípulos que levaram Jesus morto à sepultura. Depois de tê-Lo acomodado com suas próprias mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta para casa com a dor e sofrimento de toda a mãe que perde um filho.
Acima de tudo, reflitamos quantas dores Maria passou e suportou, e sempre esteve ao lado do Filho.
Definitivamente, Maria é exemplo de fiel discípula e missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição!